segunda-feira, 1 de junho de 2009

Empty broken clusters

É impressionante como os fatos presentes subvertem de algum modo os fatos passados. Os eventos são equalizados, piorando ou melhorando, e determinadas memórias ganham mais importância que outras. Algumas impressões positivas sobre a rotina perdem força pela falta de vontade.

Sou uma máquina que não deixa de funcionar se acaso uma peça quebra. As outras tarefas vão sendo realizadas conforme o grau de prioridade e o meu temperamento. O problema é quando algo é reprogramado de súbito. O tempo que minha memória demora a restabilizar o sistema é crítico, e sobrecarrega as conexões até as peças psicomotoras. Com efeito, o senso de dever permanece, sob um custo caro de não garantia de bom funcionamento e sob constantes oscilações de energia. Opera-se, enfim, com o máximo de potência.

Os acidentes de percurso ajudaram a ver, interpretar e escrever assim. A reprogramação recorre a mecanismos rápidos de defesa, e um bem eficiente é o sensorial. O modo de percepção da realidade sofre mudanças para preservação da máquina, tudo automático. Então, mesmo os eventos bons têm algum pixel alterado, feito mancha na tela.

Daí a necessidade dessa justificativa da escrita caída, e não dos meus atos. Tudo se pratica como sincronia de emoções.

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