sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

livre dégradé

#030303 #050505 #080808 #0A0A0A #0D0D0D.

– #0F0F0F, #121212 #141414 #171717.

– #1A1A1A #1C1C1C.

#1F1F1F, #212121 #242424 #262626 #292929. #2B2B2B #2E2E2E #303030 #333333 #363636 #383838 #3B3B3B #3D3D3D #404040 #424242 (#454545 #474747 #4A4A4A), #4D4D4D #4F4F4F.

#525252 #555555 #575757, #595959, #5C5C5C #5E5E5E. #616161, #636363 #666666 #6B6B6B.

#6E6E6E #707070 #737373; #757575 #787878 #7A7A7A – #7D7D7D.

#7F7F7F #808080!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

ALERTA!

A Burrice Corporativa é a mais recente vertente do maior predador da raça humana, a epidêmica Burrice. Apesar de ser nova, essa gravíssima variação da doença já dava seus primeiros sinais em 1936, depois que o tratado psicoeugenista How to win friends and influence people foi aplicado a ambientes empresariais.

O risco de infecção aumenta em horário comercial. O contágio é grande entre trabalhadores de colarinhos brancos e baixo nível de escolaridade, alçados a bons cargos e salários após cursarem pós-graduações lato sensu.

A enfermidade permanece incubada em aparelhos de ar condicionado de prédios empresariais e se transmite pelo ar, muito comum em baias de computadores, inoculada em reuniões de departamentos de marketing, ginástica laboral e em dinâmicas de grupo promovidas por Recursos Humanos.

Os sintomas são:

- olhos fundos

- consumo excessivo de café

- limitação do intelecto.

Os infectados passam a se ver como "recursos" ou "colaboradores" e perdem sua identidade, ainda que gostem de afirmá-la em salas de reunião, em pequenos grupos.

Os efeitos comportamentais variam entre arrogância, excesso de autoconfiança, senso de inteligência, irresponsabilidade, falta de caráter, exercício constante de marketing pessoal, networking, acreditar que é insubstituível, mostrar serviço, terceirização da própria culpa, criação de conchavos de corredor (fofoca) e vício em atividades pormenorizadas e pouco relevantes na construção da pessoa.

Para não causar pânico entre os ainda não infectados, estes efeitos costumam ser disfarçados pelas palavras "sinergia", "metanoia", "proatividade", "parceria" e "comprometimento".

Como se não bastassem todos os flagelos à saúde mental do empregado, a Burrice Corporativa cria dependência de catarse alcoólica, normalmente às sextas-feiras depois do expediente. Chamada de happy hour, essa prática indiscriminada pode ser repetida ao longo do final de semana e traz alívio apenas por dois dias, só podendo ser retomada após 40 horas de trabalho.

Não há cura.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

PL 122/2006

Qualquer arranhão que pareça ser causado por um pingo de ideologia reativa, conservadora ou não, já soa preconceito, racismo ou homofobia. Mesmo que seja um gesto contra homossexuais, a autuação deve ser a mesma. Sem privilégios.

Prescrevo: quem bate em alguém na rua por ter diferenças (conduta, forma de andar ou falar, raça, sexualidade, camisa de time) deve ser tratado severamente como qualquer um que bate em pessoas na rua; ou seja, delegacia. Tratamentos especiais para satanizar agressores de uma parcela da população, como propõe a PL 122/2006, ou redimir agressões feitas por acuados que revidam; tudo isso é falácia. Aumento de pena a agressores, "conscientização" de diversidade racial, social, sexual e afins não passam de revanchismo de uma minoria que aprendeu a ter respaldo legal.

Piada sem graça, parecida com aquela piada que garantia cela especial pra quem tem ensino superior completo. Preferia aquela velha, a do preto, a do português, sem falar naquelas do Costinha, com duas bichinhas andando na rua.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

E o Curdistão?

Desconfie de qualquer um que se ponha como defensor de uma causa a qual não pertence.

Eu me arrisco pouco pra falar de política e economia internacional "por muito saber que nada sei".

Normalmente me guio pelo que a mídia normalmente NÃO mostra. Beira a gosto musical ou de cinema, com o qual é comum buscar o que não é mainstream. Parece uma atitude irresponsável, parece até que não estou movendo uma palha pra sair da minha zona de conforto, o que é mentira. Prefiro manter assim até ler mais a respeito do assunto. E o que ler?

Como o raio de alcance de notícias fidedignas de Israel é minúsculo (nem o Haaretz, que é israelense, é confiável), o jeito é estar perto.

E não vou até lá pra ver.

A mídia internacional não é pró-Palestina. É contra Israel. Vide 2006 e o conflito entre Israel e o Hezbollah, no sul do Líbano. O exército israelense atacou casas, comércio local e escolas. Faziam isso porque o Hezbollah fixava bases terroristas no meio da população, algo parecido com o que os traficantes fazem em favelas brasileiras. Metralhadoras giratórias e morteiros em quintais e telhados.

Mais uma vez, não sei o que de verdade acontece lá, mas é no mínimo parecido com o que se diz do Hamas na Faixa de Gaza hoje.

É perigoso e muito delicado abraçar qualquer bandeira em defesa de minorias distantes sem saber quem fez a falta ou quem é o dono da bola. É como fazer depósito na conta corrente de alguma instituição de caridade, sem visitar o lugar, sem saber o que de fato se faz com o dinheiro ou quem atendem. Sentir o gostinho de ser bondoso, aquela consciência limpinha por estar ajudando alguém necessitado, sendo a voz que uma determinada minoria oprimida não tem.

Nunca visitei Israel. Sempre ouvi todo tipo de opinião ou repetição da repetição da repetição de opiniões, que de tão repetidas e tão distantes fisicamente do fato real, já parecem verdades dignas de serem integradas ao cânone de ensino em universidades ou serem debatidas ao sabor do vento em noticiários pelo mundo.

Tirando qualquer afeto pessoal que eu tenho por Israel, desconfio de informações ditas sobre palestinos que nem de palestinos são. Que seja o povo curdo, de quem ninguém lembra. A notícia está mais em quem supostamente oprime do que em quem está sendo oprimido.

Na minha posição de ignorância, repito: eu aconselho desconfiar de quem defende causas e não vivenciam seus problemas.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Panela de Pressão

o calor necessário

aconchego do lar

um alimento

deixado de molho

pedacinhos boiando no líquido

tudo picadinho, crocante

triturado na sucção a tubo

a receita na canetada

no tacho, no panelaço

o escracho,

crânio quebrado

vértebras rachadas

fenícios

amonitas

espartanos

romanos

cátaros

chineses

brasileiros

feministas no megafone

um berro no ultrassom

era menina

domingo, 28 de outubro de 2012

A medida de amar

Sábado passado, sem ser ontem, entrei na Igreja para o casamento de um casal de amigos meus.

Depois de anos de namoro, testemunhei o começo de uma família, um milagre digno de efeitos que transcendem fenômenos naturais.

A música é medida em metros, passo a passo até o altar.

O rosto deles parecia copos prestes a transbordar, daí o cuidado com os passos, devagarinho.

A ansiedade se conta em lágrimas, conta-gotas.

No beijo, uma certeza.

E calculamos a felicidade em decibéis e graus GL.

A farra foi merecida!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Não tem pra onde correr

O ex-presidente do Brasil e atual "porta-voz não-oficial" do PSDB Fernando Henrique Cardoso declarou o óbvio sobre o partido, ainda que esteja mentindo sobre qualquer postura conservadora exclusiva de José Serra.

O candidato está errado em ser conservador? O que há de errado em ter apoio de conservadores, ainda que estes sejam aliados a setores religiosos? Sequer ocupam cargos políticos! Apesar de não propor nada que o diferencie de Fernando Haddad, o infeliz do Serra defende outros valores e não seria diferente como, por exemplo, ao condenar a proposta do Kit Anti-Homofobia. O que querem, inclusive no próprio PSDB e por meio de FHC, é calar a dissonância, eliminar a alteridade, ainda que ela não exista – menos ainda na figura do Serra.

Ganhar o rótulo de conservador é, no mínimo, transparência sua com o eleitor. Ele mesmo deveria ser carne-de-pescoço e defender isso, se não fosse tão frouxo.

Serra é o cordeiro a ser imolado em nome da integridade do partido. Não, ele não é uma vítima de propaganda eleitoral do PT, pois ele mesmo cavou todas as acusações que recebe.

E... por quê imolá-lo? Simples. Já que o PSDB não tem representatividade em quase nada que não seja Sudeste (SP e MG, nessa ordem), elegeram um culpado por tudo o que há de mais sujo do partido, uma vez que todos têm lá a sua sujeira. No caso do PSDB, é só eleger o Serra como um pária, "um defensor de valores retrógrados que não respondem mais a sociedade de hoje.

Afinal, ele é velho mesmo, não?

FHC foi sincero pero no mucho: indiretamente assumiu que o que o PSDB faz não é política de direita e que social-democracia não é liberalismo, senão não teria ressalvas em relação à postura do colega. É chover no molhado dizer que a mídia vai continuar tratando o partido como a direita do país. Afinal, nem o DEM existe direito, já que Gilberto Kassab levou metade pro PSD. Parece estabelecimento comercial que tem o alvará falso, tem CNPJ sujo e deve na praça: pra caducar dívida, muda nome e lugar de tempos em tempos.

Aguardo um parecer da Revista Veja – sim, aquela que não é, mas normalmente é tratada como direitista (só porque teima no Mensalão e ignora a Privataria), apesar de responder a uma classe média que lê com olhos canhotos. Aguardo a magnânima fonte de saber chamada Arnaldo Jabor, formador de opinião por excelência, celetista, com código registrado na CBO. Entre os "conservadores", é o que tem pra hoje.

Não que Serra fosse uma opção, muito menos esse partido, mas dessa vez é declarado. Agora é oficial que o Brasil não tem opções; não há um lado pra onde correr.

domingo, 14 de outubro de 2012

Por favor

Altruísta, complacente, caridoso, tão gente / Acumulando raiva e rancor

Filantrópico, Titãs

A porta abriu com tudo. Ele a pegou pelo braço, que se desviou dele. A vizinha era mais forte, o que o deixava com a única opção de se conformar com a intimidação que a própria brutalidade podia causar. Encarou-a puto, com o olhar também puto, e falou mais baixo do que realmente queria, já que era muito comedido para mostrar o quanto estava fora de si.

– Você tá vendo aquela estante ali – disse, apontando para uma parede num canto de dentro de sua casa.

Como as portas eram próximas, ela tinha todo ângulo para ver a quantidade de livros. E respondeu alguma coisa, de modo que ele não deu atenção. Ele continuou.

– As três prateleiras são pro fim dessa semana.

Naquela altura, já se arrependia de tentar segurar o braço, de tão comedido que era.

– Não dá pra ler tanto que eu sei. Tu tá mentindo, nem vem.

– Eu sei que não, mas dá pra ler menos ainda com essa porra tocando alto na merda do teu som.

Estava convencido. Todos que gostam do volume alto no aparelho de som evitam ouvir os próprios pensamentos. A consciência dói.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A manada ante o rebanho

Em sabatina recente, o candidato à Prefeitura de São Paulo Celso Russomano fez uma declaração. Leonardo Sakamoto, jornalista e guia genial dos povos nas horas vagas, fez uma matéria.

Não sei se as tais igrejas se aproveitam ou não dos fiéis. Sei que estão sendo aproveitadas por Russomano, que por sua vez está sendo aproveitado pelo Sakamoto.

O Russomano é o oportunista que fala.

O Sakamoto é um oportunista que escreve.

Parte do eleitorado já está se doendo só em pensar em uma igreja a cada esquina. Atualmente temos bares; afinal, essa é a demanda. Uma multidão de fiéis é mais assustadora que uma multidão de gente afim de curtir?

Fico feliz com os supostos "laicistas" e suas convicções sobre a massa de manobra que religiosos são. Fico feliz porque esses ateus mal sabem que são teleguiados por uma ideologia tão grande e tão parcial quanto a IURD e afins. Silas Malafaia é um anjo perto de gente assim.

Silas Malafaia e lâmpada fluorescente? Acaso o jornalista iguala skin head a evangélico?

Então a Igreja poderia mediar alguma coisa? Essa liberdade de "apite até aqui, porque daqui em diante apito eu" me lembrou o espaço da Igreja Ortodoxa Russa no período da URSS.

O jornalista precisa aprender um pouco de semântica antes de se referir na mesma frase sobre quem é "temente" e vive "com medo". Um dicionário ajudaria, mas sem dúvida ele sabe o sentido e ataca usando o mesmo argumento – já que quem gosta desse sujeito não conhece e não dá a mínima, ou seja, é a maioria da manada que acata suas ideias.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Engenharia Linguística no Globalismo

Discussões sobre políticas públicas são semanticamente genéricas e essa condição se acentua quando as discussões são de âmbito global.

Releia o parágrafo acima. Por que optei pelo verbo "acentuar" e não "agravar" ou, ainda mais contundente, "piorar"?

Tudo o que quis dizer está no primeiro parágrafo. Para não conduzir o leitor diretamente a um juízo de valor, preferi (e não "optei") por ser menos assertivo.

É o que separa uma barraca de sem-teto de uma barraca de camping. O referente é o mesmo: trata-se de um plástico erguido com uma armação. E em muito me importa o nome que vou dar a esse objeto.

Chamo isso de Engenharia Linguística. Ela intermedeia a escolha das palavras, o tamanho das frases, se o texto pode ser lido com os olhos com a mesma facilidade que é lido em voz alta, dita se os exemplos usados são pertinentes. Planos governamentais violentos – com nomes atenuados – são criados assim, como o Brasil Carinhoso.

Não é o caso da Conferência Rio+20. Sua finalidade é a elaboração de um texto que proponha uma solução global. A discussão levantada pode ser pertinente ou não; o que realmente interessa é que caminho está sendo trilhado com o texto.

Para compor o texto, é necessário saber quem é o leitor. Considerando que seu alcance seja supostamente global, nivele por baixo a sua abordagem. Observe um problema com olhar panorâmico, superficial. Nada é posto em detalhes. Evite soluções pontuais e pragmáticas. Descreva um objetivo que seja vago para aumentar o alcance de suas palavras.

Enfim, o texto é finalizado. Foi feito para ficar bonito na parede, e incutir em cada um desejo latente de fazer um mundo melhor, ainda que não dependa de você. É isso mesmo: enquanto você espera uma solução, te entregam um desejo.

O que te resta é o amargo descompasso entre a expectativa (fomentada pelos seus participantes) e a real finalidade da conferência.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

A etiqueta de preço é rosa

Então proibir o casamento gay pode sair caro?

É nessas horas que o Capitalismo me dá nos nervos.

Qualquer privatização feita sem controle faz com que empresas defendam interesses próprios em outros países – onde têm suas fábricas e não compartilham desses interesses.

(Sem dúvida que a "homossexualidade" gera lucro. Até aí, o narcotráfico colombiano também. Nesse sentido, o mercado negro não está muito longe do mercado rosa.)

Centenas de companhias já começaram a criar produtos exclusivos para o setor gay, de onde vem um potencial consumidor.

Não sei que Mário é esse, esse tal aí; só sei que tá na hora dele sair do armário.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Sistema Integrado de Graduação (USP)

"A Pró-Reitoria de Graduação mais uma vez convida você a colaborar na construção do SIGA, processo de consulta a comunidade USP que visa o aprimoramento do ensino de graduação."

Então estão nos convidando – comunidade USP – para avaliar os professores. Hm. De fato, trata-se de uma auditoria. Seria um Comando de Caça à Picaretagem, mas de boas intenções aquele lugar já está cheio.

Acesse aqui o SIGA.

Curioso. Afirmam que alunos julgando professores é como liberar a criançada pra dar pitaco em sua própria educação. A falta de critério da criança sucatearia o ensino, concordaria com a meritocracia corporativa e atenderia às necessidades do mercado.

Diante desse panelaço, pergunto: e os alunos avaliando o reitor? Pode, Arnaldo?

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Muito Além de Gênesis 1:27,28

Sobre o casamento de pessoas do mesmo sexo, achei interessante visitar alguns textos muito conhecidos de todo brasileiro.

Constituição Federal

CAPÍTULO VII

Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso

(Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.

§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.

§ 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.

OK, vamos ao regulamento referente ao § 3º do Art, 226:

LEI Nº 9.278, DE 10 DE MAIO DE 1996.

§ 3° do art. 226 da Constituição Federal

Art. 1º É reconhecida como entidade familiar a convivência duradoura, pública e contínua, de um homem e uma mulher, estabelecida com objetivo de constituição de família.

Está bem, está bem. Vamos tentar esquecer o fato de que a Constituição é constitucional (olha só que coisa!), vamos lembrar que muito dali é da ditadura (quer atenção, fale dos Anos de Chumbo) – é o argumento que faltava pra dizer que o texto é obsoleto.

O texto inteiro se refere à união de um homem e uma mulher. Claro que as pessoas de hoje em dia entendem isso apenas como um dos tipos de união afetivas. Creio que não vai demorar para que isso seja aceito por lei, ainda que depois de muitos remendos no texto da Constituição, ou no próprio Código Civil:

LIVRO IV

Do Direito de Família

TÍTULO I

Do Direito Pessoal

SUBTÍTULO I

Do Casamento

CAPÍTULO I

Disposições Gerais

Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.

Concordo que a união civil gay deva ser legalmente lícita.

Quanto à questão religiosa, bem, todo heterossexual religioso que a princípio abomina isso (como é meu caso, caso não tenha sido claro), um conselho:

Se você realmente acredita no Deus daqueles textos antigos, como eu também acredito, espere e verá. O século XXI não permite extremismos; tenham calma, por favor.

Aliás, o mundo multicolorido e pra-frentex ao qual assistimos nos convida diariamente ao absentismo, laicismo e ao relativismo. Tudo em nome da filosofia do deixa-disso.

Assista o anjo chegar aos portões para buscar Lot – e vá com eles, porque não vai sobrar nada.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Do porquê sou meritocrata

STF aprovou cotas raciais para as universidades por 10 votos a 0?

O problema está longe de ser racial.

Digamos que com essa medida a pirâmide sociorracial se equilibre. Alcançado o equilíbrio, podemos tornar essa medida inconstitucional novamente?

Por mais "maldoso" que possa parecer, o sistema meritocrata tem um sentido para estar em vigor. Só para esclarecer, apoio a meritocracia; acho muito justo, ainda que se valha de recursos antecedentes à seleção – renda familiar, acúmulo de ativos e acesso à cultura.

A solução séria e constitucional é melhorar a qualidade de ensino básico e fundamental em regiões pobres, sejam elas predominantemente negras ou não.

Isso seria dar base para quem precisa. No caso, o olhar clínico do STF identificou que se tratava de uma grande parcela de negros.

Interessante: o dia 19 de abril passou e ninguém pensou nos índios. Se eu fosse professor de prézinho, levaria essa notícia do STF pra dentro sala de aula e pintaria toda a criançada, adiantando o dia da Consciência Negra.

Dar acesso é dar condições básicas de qualidade para que se alcance o objetivo. Na contramão, institucionalizam o ódio ao negro, estampando na testa a necessidade do empurrãozinho e o chapeuzinho de burro.