quarta-feira, 27 de maio de 2009

Duzentos reais

Certa vez, conversando, eu soube que podemos ser felizes com duzentos reais.

Eu lembro de “como não fui ministro de Estado”. Meu medo é não ser feliz com as apostas que fiz, com os meus investimentos. Nenhuma taxa é por acaso; o bom sucesso depende das circunstâncias, e não só do esforço. Depende da paciência. E deposito muito, demais da conta. A corrente prende bem, até que eu consiga desvendar a senha, aprender o pulo do gato sem que ninguém me ensine ou me leve pela mão.

Às vezes não parece, mas sou uma criança que ora fala bonito e tem boa caligrafia, ora tem medo de encarar um estranho na rua e fingir coragem.

Parte de mim diz que devo seguir, mas necessito de empurrões. Já disse isso aqui noutro dia e torno a repetir. Falta-me ímpeto, e meus amigos dão os petelecos que me levam pra frente. Não parte de mim.

Falta configurar para que os débitos não sejam automáticos.
Eu sinto que, para isso, eu preciso me soltar de alguns valores que todo mundo segue. E eu ia ter que pagar o preço por estar no meio do nada.

Uma casa no interior, longe da bagunça, longe dessa nuvem escura que inviabiliza qualquer sinal de fumaça, foco de incêndio ou churrasco. Bem afastado da área de cobertura.

E preciso beber água pra diminuir a acidez. Minhas meias ficam molhadas com a chuva porque todos os meus sapatos estão furados. Eventualmente, entra pedra. Só aquelas que eu não chuto.

Um comentário:

  1. Não se pode dar o pulo cedo demais, pois há o risco de falência do futuro pela quebra das patas.

    É negativo o limite imposto pela bolsa, mas é preferível permanecer nela por certo prazo: deixe o canguru dar seus pulos enquanto ele puder aguentar.

    Desde que se invista nas coisas certas, o prazo do investimento é proporcional à altura do pulo.

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