domingo, 30 de maio de 2010

Futebol



Esse jogo não é um a um
(se o meu clube perder é zum-zum-zum)
"Um a Um", Jackson do Pandeiro


Na cidade de Santos, poucas coisas pagam o silêncio de um fim de tarde de domingo. Não há velhinhos chatos nem liminares que sejam tão eficazes quanto uma derrota do Santos Futebol Clube.

O Santos é um time sensacional. Tem uma história linda, cheia de glórias. No presente, soma gols de uma artilharia que não via faz muito tempo. Não lembro disso no meu time, por exemplo. Não é o melhor time que já vi; porém, têm um elenco tão eficiente que indignou a todos quando Dunga não convocou dois dos favoritos.
Meu problema é com quem torce pra esse time.

Qualquer atitude fanática me dá nos nervos, não importa o que seja.

Sou corintiano.

Não sou fã de futebol e estou longe disso.
Recentemente, voltei a prestar atenção no assunto - sim, é um assunto, e não um hobbie inigualável - e tenho entendido mais do que em toda a minha vida. Ou seja, continuo sem entender muita coisa.

A origem disso em mim está no torcedor santista. É um porre. Um saco. Sem perceber, eles são profissionais nisso. Resolvi desistir de ver futebol quando me enchi. Torcer para qualquer coisa nessa cidade é uma tarefa xarope e ingrata. Ninguém gosta de ver a própria paciência indo pro ralo.

Às vezes, fico pensando se uma missa fica mais vazia em final de um Brasileirão.
O "Está no meio de nós" perde o coro.

Os fogos resolveram não soar por aqui. Tive uma tardezinha mais tranquila, sem buzinas enlouquecidas e um monte de maluco na rua.

Obrigado aos gols do Corinthians. Sempre soube que meu time pode me dar alegrias ou simplesmente um pouco de sossego.

Um comentário:

  1. "Às vezes, fico pensando se uma missa fica mais vazia em final de um Brasileirão."

    Fica mesmo.

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