segunda-feira, 16 de novembro de 2009

As sugar and spice

"(...) um sorriso amigo que transbordou a cor da tela pra cima do que desbotou; as letras da página perderam parágrafo pra se segurarem juntas e não voarem, e serem lidas sem pausa pra fôlegos; e ainda por cima embaçou minhas lentes, e toda nitidez que tive saiu pra passear sem aviso."


Na noite desse dia, há um mês, comecei uma música nova quebrando a paleta de cores. Tudo diferente, é verdade. Atentei para os arranjos, aproveitei toda nitidez de antes, passei aguarrás na escala do violão; a Ju me ajudou muito com a tela e as cores e violei aquela moldura nova de madeira que preguei com argumentos pra mim mesmo.

Eu teria motivos pra interpretar esse dia como véspera de outra data, mas felizmente os tempos ventam em outro sentido. As pessoas têm seus papéis por um tempo determinado. Se esse tempo quer dizer pra sempre, que bom!

O que importa, acima de tudo, é que estamos (e estou) muito bem... E faz muito tempo que eu não me sinto assim. E isso se agrava ainda mais quando se pensa na bad trip pela qual eu passei. La tiniebla se dissipou faz tempo. De nada adianta clareza se for monocromática.

Isso tudo foi ao mesmo tempo em que tive aquela epifania que aos poucos tá me reconstruindo como um outro amigo, irmão, filho e namorado.

Continuo o mesmo desligado de sempre, mas não displicente. Talvez esteja mais desligado, por estar apaixonado... Desligado até mesmo dentro do que sinto. Todo bobo.

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