quarta-feira, 15 de julho de 2009

Repertório do próximo ensaio:

Caminhava por aí. Era princípio de um ideal, miragens de luz e cores. Apesar do moderno existir, o antiquado veio. Quatro jovens sem poder entre quatro paredes, por mais de seis anos. Só queria sonhar. A soma deu menos no caminho da minha ganância, iludido, esperando retribuição e respeito. Era acordar para ver um novo dia. A meta, em si, era só ir. Mas nada vale a pena sem o subir.

À tua esperança, Retroavantes, uma rosa, a nossa que não tem gosto de ferida. Ocasião que aconteceu, não sei em que lugar. Os demandos com explicação são heranças que acordam. É a hora de beber a água nua, deixar a onda nos socar como a maré do mar. É a busca que me toca.

Pra que se importar? Existe possibilidade? Por que teve começo? Pseudo, louco, mas explicável: pelo sentimento que há entre nós. Amor que reina e vicia. A nossa história nos faz lutar. Embora não meça seus erros. Rancores, desafetos; o trabalho tirou o sossego.

Corre tempo. Um minuto sem você é tudo escuro. Horas viram segundos.

Acabou, acabou; agora é o fim. E ao terminar é só som, a música que viaja pelo ar. Tudo o que resta é seu eco. E, antes de mais nada, já sinto falta daquilo que não foi, e do que não será. Mas olhemos pra frente, porque há uma luz. Tá na hora. É só uma etapa, um patamar, ou apenas a integridade.

Ainda olhamos para cima. Mas está abaixo do céu.
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2 comentários:

  1. Lindo... triste e lindo. Por essas e outras, também sinto falta do que não foi e do que foi. Serei uma das viúvas, mesmo não sendo primeira-dama.

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